sexta-feira, 4 de junho de 2010

Passos pisados


Quando olho para trás, apercebo-me que passei grande parte do caminho e utilizei muita da minha energia fugindo de mim mesma.

Não o digo com culpa, até porque nenhuma criança de dez anos compreenderia um mundo invisível de presenças etéreas, energias não palpáveis e sussurros nos vãos das portas.

Mas, na verdade, corri por vielas mal iluminadas e caminhos ásperos para fugir deste medo de me assumir como sou, de perceber este destino que eu própria (sem o saber conscientemente) aceitei, talvez porque é difícil ser diferente, talvez porque é difícil ser "bruxinha" num mundo de regras tão rigidamente definidas.

Claro que o Universo, na sua perfeita sabedoria, e através de um processo de crescimento interior que continuo a percorrer, acabou por me fazer ver que não há forma de fugir aos nossos pés... por isso aqui me encontro, numa conversa comigo mesma há muito adiada, e numa tentativa de afastar a contínua insegurança de que me contamina um ego bem regado de temores.

Tenho muito a aprender, a absorver, a conhecer. Gosto disso, sempre gostei. Mas a minha maior inimiga sempre fui eu, a boicotar-me com inseguranças, das quais continuo (confesso) muito amiga.

Sei que é minha escolha nutrir-me ou não com aquilo que me engrandece, me alimenta, me faz voar, crescer, ser Maior, cumprir a minha missão. E todos os dias luto para afugentar as vozes que me sopram ao ouvido que não sou ninguém especial, porque sei que são apenas produto destes meus medos.

De coração aberto, quero (e escolho) ser feliz. Amar, e ser amada, em verdade, confiança e liberdade.

Quero dar o Amor Universal que sinto existir nesta minha alma errante.

Por isso, Universo... alumia-me!

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